Benito Mussolini queria chamar a República Social Italiana de República Socialista Italiana

Vídeo original by Guelfo NEgro: https://youtu.be/rN-uh5o_zyo?si=3rQ4-XI2_Zzjvflk
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Benito Mussolini queria chamar a República Social Italiana de República Socialista Italiana
Após os nacional-socialistas libertarem Benito Mussolini da prisão de La Maddalena no Hotel Campo Imperatore em Gran Sasso durante a Operação Carvalho, eles o levaram para o norte da Península Itálica, para ele presidir um estado fantoche do Terceiro Reich lá, onde ele tentou implementar o socialismo através da socialização da economia. Mussolini discutiu com Adolf Hitler sobre como esse estado fantoche se chamaria. Hitler queria que Mussolini chamasse esse estado fantoche de República Fascista Italiana, mas Mussolini queria chama-lo de República Socialista Italiana, então, eles entraram em um impasse, até que Hitler e Mussolini concordaram em chamá-lo apenas de República Social Italiana. Mesmo assim, a palavra socialismo voltou no léxico dos fascistas. Alessandro Pavolini, secretário-geral do Partido Fascista Republicano, discursou no Congresso de Verona em 14 de Novembro de 1943: "Em matéria social, é claro que o socialismo fascista não pode ser o socialismo marxista, ou seja, aquele socialismo que vê apenas o trabalho manual e negligencia demagogicamente o trabalho técnico e intelectual, que é, do ponto de vista puramente humano, um valor tão necessário e indispensável quanto o outro, e do ponto de vista da hierarquia da empresa, algo superior ao outro, não como uma origem social, mas como uma contribuição extrínseca e individual ao trabalho coletivo. Nosso socialismo não pode ser um socialismo comunista, do tipo russo, no sentido de que é contrário ao nosso espírito pensar em uma nacionalização total absurda de todas as atividades econômicas, até o artesanato, até todas as atividades rurais, até todas as atividades profissionais, como é a prática na Rússia. O nosso deve ser um socialismo sindical que, no entanto, dá um passo decisivo no caminho da justiça social, sem negar nada do que já foi realizado no caminho do progresso social durante os vinte anos do regime fascista. Quanto àquela propriedade privada que é, como disse antes, uma projeção da personalidade humana e que queremos garantir e proteger, a propriedade que surge do trabalho individual, da poupança individual, é claro que o núcleo dessa propriedade saudável é a casa, que todos devem possuir". Benito Mussolini discursou para os oficiais da Brigada Negra Aldo Resega em Gargnano em 14 de Outubro de 1944: "Alguns ainda nos perguntam: o que querem vocês? Nós respondemos com três palavras que sumarizam o nosso inteiro programa: Aqui estão elas, Itália, República, Socialização (...) Socialização não é nada mais do que a implantação de um socialismo italiano, humano, nosso e possível; e eu digo nosso, já que ele constitui a única fundação da economia, afastando as alavancagens mecânicas, não existentes na natureza e impossíveis na história". Nicola Bombacci discursou para os camisas negras na Piazza De Ferrari em Gênova, em 15 de Março de 1945: "O socialismo não será alcançado por Stalin, mas por Mussolini, que é um socialista, embora por vinte anos tenha sido prejudicado pela burguesia que mais tarde o traiu, mas agora Mussolini se livrou de todos os traidores e precisa dos trabalhadores para criar o novo estado proletário".

REFERÊNCIAS: A. James Gregor, The Ideology of Fascism: The Rationale of Totalitarianism, New York: NY, The Free Press, 1969, p. 307. Erik Norling, Fascismo Revolucionário, Lisboa, Contra Corrente, 2013. Arrigo Petacco, Il comunista in camicia nera: Nicola Bombacci, tra Lenin e Mussolini, 1996.