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Julius Streicher denunciou o Duce como um vassalo dos judeus

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Published on 20 Dec 2024 / In Other

Video original by Guelfo Negro: https://youtu.be/pqWAOrei_74?si=HJBjB0TYNcwOA7o_
Texto:
Benito Mussolini no seu romance Claudia Particella, a amante do Cardeal, assumiu a defesa dos judeus, alegando que eles foram injustamente torturados pela Igreja Católica.

Angelica Balabanoff e Margherita Sarfatti, as amantes de Mussolini que mais o influenciaram, eram judias.

Cesare Goldmann e Gino Olivetti, que eram judeus e maçons, financiaram o jornal Il Popolo d'Italia de Mussolini. Goldmann doou 17.000 liras pro Il Popolo d'Italia em 1917.

Além de Goldmann e Olivetti, Józef Leopold Toeplitz, que também era judeu, financiou o Il Popolo d'Italia.

Em 23 de Março de 1919, Goldmann, que presidia o Clube da Aliança Industrial e Comercial disponibilizou o seu salão na Piazza San Sepolcro em Milão, para Mussolini fundar o Fasci italiani di Combattimento.

Mussolini no seu artigo Judeus, bolchevismo e sionismo italiano do Il Popolo d'Italia de 19 de Outubro de 1920 defendeu os judeus da acusação de estarem por trás do bolchevismo: "O bolchevismo não é, como as pessoas acreditam, um fenômeno judeu. A verdade é que o bolchevismo está levando à ruína total os judeus da Europa Oriental".

Mussolini nesse artigo também prometeu: "Na Itália não há absolutamente nenhuma diferença entre judeus e não judeus; em todos os campos, desde a religião, à política, às armas, à economia. A nova Sião, os judeus italianos, têm-na aqui, nesta nossa adorável terra".

Goldmann, Olivetti e Toeplitz financiaram a Marcha sobre Roma de Mussolini.

Numa declaração de propaganda divulgada por Mussolini após seu encontro com Angelo Sacerdoti, rabino-chefe da comunidade judaica de Roma, em 1923, se afirmava: "Sua Eminência declarou formalmente que o governo italiano e o fascismo nunca tiveram a intenção de prosseguir e não prosseguem uma política antissemita, e que na verdade deplora o fato de partidos antissemitas estrangeiros quererem explorar para os seus próprios fins o fascínio que o fascismo exerce no mundo".

Em 1926, Mussolini se encontrou com Chaim Weizmann, presidente da Organização Sionista Mundial, para lhe esclarecer que ele não se opunha ao sionismo, se comprometendo a ajudar a estabelecer um estado judeu na Palestina, com a condição de que os sionistas se livrassem da influência britânica.

Em 1927, Mussolini confidenciou para Nahum Sokolow, secretário-geral da Organização Sionista Mundial, que em princípio, não tinha nada contra o sionismo.

Mussolini discursou no parlamento do Reino da Itália em 13 de Maio de 1929: "Respeitamos este caráter sagrado de Roma. Mas é ridículo pensar, como foi dito, que as sinagogas devam ser fechadas. Os judeus estão em Roma desde a época dos Reis, talvez tenham fornecido roupas após o estupro de mulheres sabinas, eram cinquenta mil no tempo de Augusto e pediram para chorar pelo corpo de Júlio César. Eles permanecerão impeturbardos, assim como aqueles que acreditam em outra religião permanecerão impeturbardos".

Mussolini encarregou Nicola Consiglio, diretor geral de assuntos criminais e religiosos do ministério da justiça e assuntos de culto, de elaborar uma lei regularizando o estatuto da comunidade judaica na Itália. Alfredo Rocco, ministro da justiça e assuntos de culto criou uma comissão formada por três representantes da comunidade judaica e por três juristas italianos, que elaborou o decreto real de 30 de Outubro de 1930, mais conhecido como a lei Falco, em homenagem a Mario Falco, um dos judeus que integrava essa comissão de Rocco. A lei Falco regularizou o estatuto da comunidade judaica em todo o país.

Após sua aprovação, Angelo Sereni, presidente do comitê das comunidades israelitas italianas, telegrafou a Mussolini para expressar a gratidão dos judeus italianos.

Mussolini na sua entrevista pro jornalista Emil Ludwig (que era judeu) em 23 de Março de 1932, declarou: "O antissemitismo na Itália não existe. Os judeus italianos sempre se comportaram bem como cidadãos, e como soldados tem lutado corajosamente".

Mussolini nomeou Guido Jung, um judeu, como seu ministro das finanças em Julho. Mussolini justificou a nomeação de Jung como ministro das finanças do Reino da Itália alegando que um judeu deveria estar à frente das finanças.

Em 1933, Mussolini como ministro das relações exteriores do Reino da Itália começou a circular documentos de política interna argumentando que um Estado judeu seria de interesse para o país.

Em 1934, Mussolini apoiou o estabelecimento da Academia Naval Betar em Civitavecchia para treinar cadetes sionistas sob liderança de Vladimir Jabotinsky.
Mussolini se encontrou novamente com Weizmann. Nesse encontro, Mussolini tentou jogar os sionistas contra a Inglaterra, afirmando para Weizmann: "Às vezes tenho a impressão, Doutor Weizman, de que os britânicos estão usando vocês, sionistas, como um peão em seu jogo de poder para tomar posse permanente de uma importante costa do Mediterrâneo".

Mussolini nesse encontro chegou a insinuar: "Doutor Weizman, Roma poderia criar seu estado de uma só vez". fecha aspas.

Uaizmann perguntou para Mussolini: abre aspas. "Sério? Pelo que me lembro, Roma destruiu nosso estado de uma só vez".

Mussolini então lhe perguntou: "Uma xícara de chá?".

Então Mussolini apertou um botão para a chamar a empregada para lhes servir chá, depois, prosseguiu: "Voltando ao assunto, para que vocês, sionistas, retornem à Palestina, vocês devem criar um estado judeu. Eu já falei com os árabes. Acredito que um acordo pode ser alcançado. A única dificuldade que pode surgir é a questão de Jerusalém. Os árabes dizem que os judeus devem ter sua capital em Tel Aviv".

Em 1935, Mussolini comentou com o rabino-chefe da comunidade judaica de Roma: "As condições necessárias para o êxito do movimento sionista dependem da criação de um Estado judeu, de içar uma bandeira e deter uma língua. Há uma pessoa que conhece isto muito bem, é o cidadão fascista Jabotinsky".

Mussolini publicou a nota número 14 da Informatsione Diplomatica em 16 de Fevereiro de 1938, onde se defendia que a solução para a questão judaica seria a formação de um Estado judeu.

Pietro Tresso observou: "Quatorze dos senadores nomeados por Mussolini eram judeus. Sob o fascismo havia 203 professores judeus nas universidades italianas. Todos eles juraram lealdade ao regime. Federico Cammeo, um judeu, lançou as bases legais para a reconciliação com o Vaticano. Guido Jung, um judeu, foi membro do governo de Mussolini como ministro das finanças. Os únicos dois biógrafos a quem o Duce concedeu uma cooperação foram a judia italiana Margherita Sarfatti e o judeu alemão Emil Ludwig. Um fascista italiano publicou recentemente um livro sobre o desenvolvimento econômico da Itália após a unificação do país, a história de uma nação proletária do judeu Hans Fraenkel. A confederação geral de indústria, que na época da Marcha sobre Roma tinha os judeus Olivetti como presidentes, deu a Mussolini cerca de 20 milhões de liras".

Mussolini confidenciou pro jornalista Bruno Spampanato em Dezembro de 1943 que lamentava pelo manifesto dos cientistas racistas de 14 de Julho de 1938: "O manifesto racial poderia ter sido evitado. Foi a abstrusão científica de alguns professores e jornalistas, um ensaio alemão meticuloso mau traduzido para o italiano. Está longe do que eu disse, escrevi e assinei sobre o assunto. Sugiro que consulte as edições antigas do Il Popolo d'Italia. Por esse motivo, estou longe de aceitar o mito de Rosenberg".

Adolf Hitler enviou o médico Georg Zachariae em Outubro de 1943 para cuidar da saúde de Mussolini na República Social Italiana.

Mussolini confidenciou para Zachariae: "Eu não sou antissemita e reconheço que os cientistas e técnicos judeus deram ao mundo uma individualidade excepcional, mas considero necessário tentar limitar a influência judaica decisiva e a predominância dos judeus em todos os campos da produção e do capital, reduzindo-a a participação igualitária que corresponda proporcionalmente à sua importância numérica. Não posso aprovar a forma como o problema judaico foi resolvido na Alemanha, devido aos métodos adotados que não são conciliáveis ​​com a vida livre do mundo civilizado e são prejudiciais à honra alemã; mas, no entanto, devo reconhecer que alguns incidentes foram provocados pelos judeus, certamente não de forma a justificar a violência nazista".

No artigo 14 da ata Algumas ideias sobre a futura estrutura política e social do povo italiano do Conselho de Ministros da República Social Italiana de 16 de Dezembro se determinava: "O povo italiano considera abolida toda questão racial e, no que diz respeito aos semitas, apoiará, no campo internacional, a oportunidade de uma solução definitiva com a criação do Estado judeu. Com as guerras de conquista, com as invasões, com as dominações mais ou menos longas a que todos os povos foram submetidos na história, produziram-se misturas que hoje uma discriminação já não poderia definir a homogeneidade racial. Por outro lado, não é exagero dizer que a raça humana, embora tenha diferentes aspectos de cor e forma, diferentes hábitos e costumes dependendo das latitudes e da sua localização, é uma só. De fato, verifica-se que todos tendem progressivamente a mudar em todos os domínios em direção ao objetivo da melhoria comum, razão pela qual o povo italiano considera supérflua qualquer questão racial. Quanto aos semitas, ninguém ignora a grande importância que o pequeno povo judeu teve na antiguidade e qual foi o seu contributo para a nossa civilização mediterrânea. Após a conquista romana da Judéia, o pequeno estado desmoronou e se espalhou por todo o mundo, que hoje se acredita atingir a cifra de quatorze milhões. A partir de então, perseguições de todo tipo foram sofridas ao longo dos séculos e por isso considera-se necessário devolver-lhes a possibilidade de criarem o seu próprio Estado com as suas representações diplomáticas em todos os países, para que se forme também para eles uma pátria, ponto de apoio indispensável à sua existência".

Por isso, não é de se espantar que Julius Streicher considerasse Mussolini como um fantoche e um lacaio dos judeus.
REFERÊNCIAS:
Renzo De Felice, Storia degli ebrei italiani sotto il fascismo, Einaudi, Torino 1993, pp. 71 e 79.

Dagli Atti del Parlamento italiano. Camera dei deputati. Discussioni. Anno 1929 - Volume I, pp. 129-154.

Aaron Gillette, Racial Theories in Fascist Italy, Taylor & Francis, Londres, 2004, p. 95.

George Zachariae, Mussolini si confessa, Garzanti, 1948, p. 169.

Patrick Bernhard, The great divide? Notions of racism in Fascist Italy and Nazi Germany: new answers to an old problem, Journal of Modern Italian Studies (1) 97-114.

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