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O neopagão Adolf Hitler planejava invadir o Vaticano para sequestrar o Papa

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Published on 19 Dec 2024 / In Other

Video original by Guelfo Negro: https://youtu.be/e41xEvcTYNA?si=voSYrsrShc4CgUlF
Texto:
Adolf Hitler em uma conversa sua com Roberto Farinacci, ministro de estado do Reino da Itália, ameaçou ir tão longe a ponto de destruir o Vaticano se este se manifestasse contra a batalha do povo alemão. Por instruções do Papa Pio XII, a transmissão da Rádio Vaticano de 21 de Janeiro de 1940 noticiou: "As condições de vida religiosa, política e econômica reduziram o nobre povo polaco, especialmente nos territórios ocupados pelos alemães, a um estado de terror, estupidez e, poderíamos até dizer, barbárie. Os alemães usam os mesmos meios e talvez ainda piores que os soviéticos". Na transmissão da Rádio Vaticano de 6 de Outubro se afirmou: "A guerra de Hitler não é uma guerra justa e a bênção de Deus não pode estar sobre ela". Reinhard Heydrich no seu relatório sobre o comportamento da Igreja Católica na Segunda Guerra Mundial para Hans Lammers de 17 de Agosto de 1940 escreveu: "A hierarquia católica, acreditando firmemente e esperando que a guerra tomaria um curso favorável para as potências ocidentais, mostrou sua verdadeira face e, desde o início da guerra atual, abertamente se aliou aos inimigos da Alemanha Nacional Socialista. Não pode haver evidência mais clara disso do que as declarações de seus representantes mais influentes, que, em suas encíclicas, cartas pastorais, discursos, etc., não apenas se manifestaram contra a visão de mundo nacional-socialista e o estado nacional-socialista, mas também, em parte secretamente e em parte abertamente, atacaram a pessoa do Führer da maneira mais vil. A hierarquia católica, e, portanto, o catolicismo como um todo, carregam, portanto, uma responsabilidade significativa pelo incitamento do povo nos estados inimigos contra a Alemanha e suas consequências. Por outro lado, deve-se notar que o episcopado alemão nem mesmo tentou fortalecer a frente de guerra na Alemanha no sentido oposto. Portanto, é de se presumir que os bispos alemães mantêm a mesma posição sobre esta questão que os outros dignitários da hierarquia católica fora das fronteiras do Reich, o que também corresponde à universalidade católica. Além disso, o curso da guerra até agora, comparado com as declarações da hierarquia católica além das fronteiras do Reich e a ausência de declarações correspondentes do episcopado alemão, mostrou que o povo alemão não exigiu e não exige o fortalecimento de sua frente de guerra do lado da igreja. Em vez disso, seu alinhamento exclusivo e unificado por meio do nacional-socialismo permitiu que eles alcançassem a maior mobilização de sua força na história". Heydrich na sua carta circular aos gauleiters de 6 de Junho de 1941 escreveu: "Em 20 de abril de 1941, o Papa Pio XII enviou a carta anexa em tradução alemã ao Cardeal Maglione, Secretário de Estado. Nesta carta, o Papa lida quase exclusivamente com a mentalidade do inimigo da Alemanha. Ele fala quase exclusivamente das amargas agonias e tormentos da guerra atual, da confusão, do reinado da injustiça e da violência, do sofrimento das devastações da hostilidade e do sofrimento dos refugiados, exilados, expulsos e prisioneiros, e então convoca as crianças em particular a rezarem a Maria para secar suas muitas lágrimas, para ajudá-las a sair da maior angústia e aliviar sua dor atual. O movimento do Papa, como todos os seus outros pronunciamentos, obviamente tem a intenção de continuar a contribuir para paralisar a frente unida do povo alemão por meio do pensamento pacifista e incitar a resistência das nações inimigas. Instruí os chefes do Quartel-General da Polícia do Estado a impedir a distribuição escrita desta declaração papal". Em 9 de Junho, Alfred von Kageneck, que estava em Roma, informou algumas pessoas que planos contra o Vaticano estavam sendo preparados em Berlim. Após Hitler iniciar a Operação Barbarossa, Franklin Delano Roosevelt mandou Myron Taylor, seu enviado pessoal ao Vaticano, falar com Pio XII sobre a encíclica Divinis Redemptoris do Papa Pio XI, que proibia os católicos de colaborarem com os comunistas: "O comunismo é intrinsecamente perverso e não se pode admitir em campo nenhum a colaboração com ele, da parte de quem quer que deseje salvar a civilização cristã. E, se alguns, induzidos ao erro, cooperassem para a vitória do comunismo no seu país, seriam os primeiros a cair como vítimas do seu erro; e quanto mais se distinguem pela antiguidade e grandeza da sua civilização cristã as regiões aonde o comunismo consegue penetrar, tanto mais devastador lá se manifesta o ódio dos sem Deus". Taylor foi recebido numa audiência por Pio XII em 9 de Setembro de 1941 para tratar desse assunto. Nessa audiência, ele entregou para Pio XII uma carta do Roosevelt de 3 de Setembro onde se lia: "Até onde estou informado, as Igrejas na Rússia estão abertas. Há uma possibilidade real de que a Rússia, como resultado deste conflito, reconheça a liberdade de religião". A solução encontrada por Pio XII foi interpretar a encíclica Divinis Redemptoris de seu antecessor como uma condenação apenas contra o comunismo, não contra o povo russo, podendo assim os católicos apoiarem o esforço de guerra dos russos contra os alemães na grande guerra patriótica.
Em 20 de Setembro, o Cardeal Luigi Maglione, Secretário de Estado da Santa Sé, numa carta pro Arcebispo Amleto Cicognani, delegado apostólico de Washington, o instruiu a transmitir essa interpretação papal da encíclica Divinis Redemptoris pro episcopado americano. Então, o Arcebispo John McNicholas emitiu uma carta pastoral incorporando essa interpretação, onde se lembrava da encíclica Mit brennender Sorge de Pio XI que denunciava o sofrimento da Igreja no Terceiro Reich e se observava que a encíclica Divinis Redemptoris contra o comunismo, não impediu Pio XI de enviar uma missão de socorro a União Soviética, concluindo que sua condenação contra o comunismo não constituiu uma direção moral pros governos ajudarem ou não ajudarem a União Soviética numa guerra defensiva. A carta pastoral do Arcebispo McNicholas foi transcrita pelo jornal Denver Catholic Register da diocese de Denver. Depois disso, em 16 de Novembro, o episcopado americano emitiu uma declaração "alertando sobre os males gêmeos do nazismo e do comunismo, mas lembrando que o próprio Pio XI, ao condenar o comunismo ateu, havia professado sua benevolência paterna e compassiva para os povos da Rússia". Em Novembro de 1942, enquanto se preparava a Operação Tocha, Pio XII interveio para garantir a neutralidade do General Francisco Franco, que controlava os Marrocos. O núncio apostólico de Madrid Gaetano Cicognani conseguiu que o episcopado espanhol aderisse à condenação ao nacional-socialismo. Em 12 de Março, o Bispo Fidel García publicou a sua instrução pastoral sobre alguns erros modernos, onde se condenava o nacional-socialismo. Em 16 de Março de 1943, Pio XII repreendeu o embaixador espanhol na Santa Sé pela Divisão Azul, argumentando que o comunismo não era o único inimigo do cristianismo, porque a perseguição dos nacional-socialistas, mais perigosa do que qualquer outra anterior, obedecia dogmas precisos, que só cederia pela força. Então, o General Franco, que estava interessado no apoio de Pio XII para preservar o seu regime, repatriou a Divisão Azul em 10 de Outubro. Em Janeiro de 1943, Léon Degrelle se encontrou com Hitler para lhe apresentar seu plano para sequestrar Pio XII. Degrelle falou para Hitler: "Devemos convencer Pio XII por bem ou por mal". De acordo com o plano de Degrelle, os soldados da SS se disfarçariam de judeus sionistas para invadir o Vaticano e sequestrar Pio XII em conluio com os partigiani comunistas. Então, a Wehrmacht entraria no Vaticano para fingir que estava salvando Pio XII de um sequestro, levando para um lugar seguro na Alemanha, como a Silésia ou Liechtenstein. Lá, torturado pela Gestapo, Pio XII escreveria uma encíclica contra o judaísmo onde ele aprovaria o nacional-socialismo. Hitler adorou o plano de Degrelle, o nomeando de Operação Rabat. Em 26 de Julho, pouco depois da meia-noite, Walther Hewel, um oficial de ligação de Joachim von Ribbentrop com Hitler, queria saber como deveria se proceder em relação à Santa Sé nos planos para restabelecer o fascismo em Roma, por isso, ele perguntou a Hitler: "Devemos dizer que as saídas do Vaticano serão ocupadas?". Hitler lhe respondeu: "Isso não faz nenhuma diferença. Vamos entrar no Vaticano. Você acha que o Vaticano me embaraça? Vamos tomá-lo agora mesmo. Em primeiro lugar, todo o corpo diplomático está lá dentro. É tudo igual para mim. Aquela gentalha está lá dentro. Vamos tirar essa vara de porcos lá de dentro. Depois, podemos pedir desculpas. Isso não faz nenhuma diferença". Hewel então afirma: "Vamos achar documentos lá dentro". Hitler então responde: "Sim, vamos pegar os documentos. A traição vai vir à luz". No entanto, numa reunião na noite seguinte, Ribbentrop e Joseph Goebbels conseguiram convencer Hitler a abandonar o plano de invadir o Vaticano. Goebbels no seu diário em 27 de Julho contou: "Todos nós, incluindo o Führer, agora concordamos que o Vaticano deve ser eximido das medidas que estamos contemplando. O führer pretendia desencadear um grande golpe. Dessa maneira: uma divisão de paraquedistas baseada no Sul da França desembarcaria perto de Roma. A divisão de paraquedistas ocuparia Roma, prenderia o Rei e toda a sua família, e também Badoglio e toda a sua família, e os levaria por via aérea para a Alemanha. De acordo com os relatórios que chegaram até nós, o Vaticano está desenvolvendo uma atividade diplomática febril. Sem dúvida, está garantindo a revolta contra Mussolini por meio de seus grandes contatos mundiais. Inicialmente, o Führer também pretendia, ao prender o homem responsável em Roma, tomar o Vaticano, mas Ribbentrop e eu nos opusemos ao plano enfaticamente. Eu não acreditava que fosse necessário invadir o Vaticano e, por outro lado, considerava bastante infelizes medidas como essa, pelo efeito negativo que causariam na opinião pública mundial".
Porém, Hitler voltou atrás nisso, pretendendo continuar com seu plano de invadir o Vaticano. Em 11 de Setembro, o Vaticano recebeu um relatório afirmando que os alemães colocariam o Papa sob a "proteção" deles. A informação veio de Albrecht von Kassel, primeiro-secretário da embaixada alemã no Vaticano, que disse que Hitler culpava Pio XII pela queda e prisão de Mussolini, porque o Papa conversava com Roosevelt pelo telefone há muito tempo. Na manhã de 13 de Setembro, Karl Wolff, um oficial da SS, acordou para atender o telefone. Ele recebeu uma ligação de Hitler que o avisou que queria vê-lo imediatamente. Quando Wolff chegou no bunker, Hitler foi direto ao ponto: "Tenho uma missão especial para você Wolff. Em Roma há o Vaticano e há o Papa. Eles não devem cair nas mãos dos Aliados ou sofrer sua influência. Seria um dano sério para a Alemanha. Suas tropas devem ocupar o Vaticano o mais rápido possível, proteger seus bens e levar o Papa e a Cúria para o Norte. Não quero o Pontífice nas mãos dos Aliados. O Vaticano é um ninho de espiões e um centro de propaganda antinazista. Arranje os detalhes mais importantes e dê notícias a cada duas semanas". Mas Wolff saiu da sala decidido a sabotar o plano de Hitler para invadir o Vaticano e sequestrar Pio XII. Para isso, Wolff pediu a ajuda de Rudolf Rahn, embaixador alemão na República Social Italiana em 11 de Setembro. Então, Wolff e Rahn entraram em contato com Ernst von Weizsäcker, embaixador alemão no Vaticano. Eles concordavam que o sequestro do Papa deveria ser cancelado, mas para isso, era preciso manter Pio XII em silêncio, só que a melhor maneira para fazer isso era botar medo nele. Então, eles resolvem espalhar a notícia na mídia de que Pio XII seria sequestrado. Em 7 de Outubro, a Rádio Monaco da República Social Italiana anunciou: "Estão sendo preparadas acomodações para o Papa na Alemanha". A mensagem pipocou em alguns jornais e chegou aos ouvidos de Pio XII. Por isso, Weizsäcker foi chamado para uma audiência com Pio XII em 8 de Outubro. Weizsäcker relata que quando entrou no escritório de Pio XII, notou seu olhar sereno. Quando tocou no assunto do sequestro, sua expressão não mudou. Pio XII lhe disse: "Ouvi rumores, mas permanecerei em Roma a qualquer custo". Weizsäcker, seguindo as instruções recebidas de Berlim, perguntou se ele elogiaria publicamente a conduta dos alemães em Roma. Pio XII garantiu que sim, desde que os alemães prometessem não mexer com o Vaticano. Ou seja, se o sequestro do Papa fosse cancelado, Pio XII confirmaria a boa conduta dos alemães. Weizsäcker saiu do Vaticano com a promessa de que entraria em contato com Berlim sobre a troca de favores. Pio XII mandou esconder todos os arquivos e documentos do Vaticano sob pisos falsos. Os membros da Cúria Romana prepararam suas malas para acompanhar Pio XII caso ele precisasse fugir do Vaticano. Em 16 de Outubro, Pio XII cumpriu a promessa que fez a Weizsäcker, publicando um comunicado no jornal L'Osservatore Romano do Vaticano onde expressou sua gratidão pelas tropas alemãs terem respeitado a Igreja. Antonio Nogara contou pro L'Osservatore Romano que seu pai Bartolomeo Nogara, diretor dos Museus do Vaticano de 1920 a 1954, foi visitado numa noite entre Janeiro e Fevereiro de 1944 por Monsenhor Giovanni Battista Montini, que trabalhava na Secretaria de Estado da Santa Sé. Nogara relata: "Meu pai me revelou que o embaixador do Reino Unido no Vaticano, Sir Francis d'Arcy Osborne, e o encarregado dos negócios dos Estados Unidos, Harold Tittman, avisaram Montini que seus respectivos serviços de inteligência militar tomaram conhecimento de um plano alemão avançado para a captura e deportação do Pontífice. Os dois diplomatas garantiram a vontade dos Aliados de intervir para ajudar Pio XII com um lançamento aéreo de tropas". Então, Monsenhor Montini com o pai de Nogara procurou um lugar adequado para esconder Pio XII. Após suas buscas, que foram desde dos Museus Vaticanos até a Biblioteca Apostólica Vaticana, eles escolheram a Torre dos Ventos. Na noite de 10 de Maio, Wolff informou Pio XII do plano, mas o Papa já estava ciente disso. Numa carta de Paolo Porta, secretário federal do Fascio de Como, para Vincenzo Costa, secretário federal do Fascio de Milão, de 26 de Setembro, se menciona o plano dos alemães de sequestrar Pio XII: "Uma divisão da SS disfarçada em uniformes italianos que eles capturaram em 8 de Setembro, junto com armas italianas, lançaria um ataque à noite contra a Cidade do Vaticano. Aparecendo como partigiani determinados a libertar o Papa, eles massacrariam o clero". De acordo com Porta, o plano foi repassado ao comando na via Tasso para implementação. O major-general Erwin von Lahousen no seu depoimento nos julgamentos de Nuremberg em 1º de Fevereiro de 1946 revelou que Hitler havia ordenado ao Reichssicherheitshauptamt que elaborasse um plano para punir os italianos, sequestrando e assassinando o Papa e o Rei, só que o Almirante Wilhelm Canaris, chefe do serviço de contra-inteligência do Terceiro Reich, informou o General Cesare Amè, chefe do serviço de informação militar do Reino da Itália, numa reunião secreta em Veneza entre 29 e 30 de Julho. Lahousen também esteve presente nessa reunião secreta, junto com o Coronel Wessel Freytag von Loringhoven. De acordo com Lahousen, Amè espalhou a notícia, o que atrapalhou o plano contra o Papa e o Rei. Rahn enviou uma carta pro Padre Robert A. Graham, no início da década de 70, que foi publicada pela revista 30 Giorni em 1991, afirmando que esse plano para sequestrar Pio XII existia, mas que todos os documentos relacionados a ele haviam sido perdidos ou destruídos. Wolff escreveu um documento em 1972 onde ele conta sobre esse plano de Hitler de sequestrar Pio XII. Esse documento de Wolff foi publicado pelo jornal Avvenire d'Italia em 1991.
REFERÊNCIAS: Michael Phayer, The Catholic Church and the Holocaust, 1930-1965, Indiana University Press, 2000, p. 26. Pierre Blet, Papst Pius XII. und der Zweite Weltkrieg. Aus den Akten des Vatikans. S. 74. David G. Dalin, The Pius War: Responses to the Critics of Pius XII, Lexington Books, 2010, p. 105. Joseph P. Lash, Roosevelt and Churchill, 1939-1941: The Partnership That Saved the West, Plunkett Lake Press, 2021. Emanuel Huyghues Despointes, «Roosevelt et Pie XII. L'alliance entre les États-Unis et le Vatican», La Nouvelle Revue d'histoire, no 84, mai-juin 2016, p. 31-32. Mark Riebling, O Papa contra Hitler A Guerra Secreta da Igreja contra o Nazismo, LeYa, 2018, p. 188-189.

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