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O neopagão Joseph Goebbels queria aniquilar o Vaticano

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Published on 18 Dec 2024 / In Other

Créditos: Guelfo Negro
Vídeo e título original: https://youtu.be/4mt8Mg8KXso?si=wiLA2Z5jMrjDSxrh
Texto:
O ateu Joseph Goebbels queria aniquilar o Vaticano
No final da Primeira Guerra Mundial, Joseph Goebbels começou a romper com catolicismo, voltando-se para o conceito de Deus de Fiódor Dostoiévski, mas sob influência de Oswald Spengler, chegou ao ateísmo. Goebbels no seu diário em 27 de Outubro de 1923 afirmou que era preciso se separar do seu Deus. Goebbels no seu diário em 29 de Dezembro conta: "Aqui em casa ninguém sabe nada sobre necessidade espiritual. Aqui o homem vive só de pão. Eu sou o mau aqui, o renegado, o apóstata, o proscrito, o ateu, o revolucionário". Goebbels no seu diário em 13 de Março de 1924 anotou: "Estou me ocupando de Hitler e do movimento nacional-socialista e ainda preciso fazê-lo durante um bom tempo. Socialismo e Cristo. Fundamento ético. Livre do materialismo ossificado. De volta à dedicação e a Deus". Porém, após conhecer melhor o Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães, Goebbels no seu diário em 15 de Março constatou: "Talvez o objetivo seja certo, mas os caminhos não me convencem. E o cristianismo desses senhores pouco tem a ver com Cristo". Goebbels no seu diário em 16 de Maio escreve: "No lugar do desespero e do ceticismo depressivo do ano passado, voltei a encontrar a Fé na nação e no espírito alemão. Agora sou forte e espero a redenção mais fervorosamente do que nunca". Nesse período, Goebbels começou a escrever seu romance Michael Voormann, cujo personagem principal era uma autobiografia dele e de seu amigo Richard Flisges. Seu personagem Michael Voormann era um patriota alemão, antiburguês e ateu. Goebbels no seu diário em 30 de Julho reclamou: "Nenhum estímulo, nenhum entusiasmo, nenhuma Fé. Esperar! Esperar! Se ao menos eu soubesse o que. Por autoengano, envio meu Michael de editor a editor. Nenhum deles o aceita. Surpreendente". Goebbels no seu diário em 16 de Outubro de 1928 pergunta: "O que significa o cristianismo hoje? O nacional-socialismo é uma religião. Tudo o que nos falta é um gênio religioso capaz de erradicar práticas religiosas obsoletas e colocar novas em seu lugar. Faltam-nos tradições e rituais. Um dia, em breve, o nacional-socialismo será a religião de todos os alemães". Goebbels no seu diário em 12 de Maio de 1937 narra sobre seu encontro com Adolf Hitler para discutir sobre a questão da Igreja Católica: "Ele saúda a virada radical nas provações dos sacerdotes. Não quer que o Partido se transforme em religião. Ou ver-se elevado a Deus. É por isso que ele está em forte desacordo com Himmler. Devemos curvar as igrejas a nós e transformá-las em nossas servas. O celibato também deve desaparecer. Os bens da Igreja serão retirados, e nenhum homem estudará teologia antes dos 24 anos. Dessa forma, levaremos o melhor da próxima geração. As ordens serão dissolvidas, será cassado o direito de ensino das Igrejas. Só assim nós as subjugaremos dentro de alguns anos. Então eles vão comer nas nossas mãos". Goebbels discursando na cerimônia de Regensburg em 6 de Junho na frente do busto de Anton Bruckner no salão Valhalla, desafiou as ideias de que Bruckner era um compositor austríaco sustentado por uma profunda espiritualidade católica. Para Goebbels, descrições sentimentais como "fabricante da música de Deus" ou "cantor de Nossa Senhora" deveriam ser rejeitadas, pois, Bruckner não conseguia se expressar plenamente como um compositor da Igreja, conforme ele argumentou, mas havia há muito tempo rompido todos os vínculos confessionais e estava enraizado no sentimento de mundo heróico da humanidade alemã. Goebbels no seu diário em 7 de Abril de 1938 registrou: "O bispo de Berlim opõe-se violentamente à votação. Não vamos fingir que nada aconteceu. Os negros nunca mudarão. Mais cedo ou mais tarde teremos que nos livrar também da internacional sacerdotal. Está é Roma: uma internacional que deve ser aniquilada". Goebbels no seu diário em 23 de Julho de 1944 relata sobre seu encontro com Hitler no dia anterior: "Tive a sensação de estar diante de um homem que trabalha sob a mão de Deus". O fato dele afirmar que tinha apenas a sensação de que Hitler trabalhava sob a mão de Deus invés de afirmar que tinha certeza disso denota que ele não acreditava em Deus, porque se acreditasse, do jeito que ele era apaixonado por Hitler, ele iria ter certeza que Hitler trabalhava sob a mão de Deus. Goebbels no seu diário em 10 de Fevereiro de 1945 reclamou: "Himmler agora publicou uma circular relativamente positiva às autoridades supremas do Reich sobre a situação do grupo Wistel. Ele afirma que o clima chegou e nos ajuda extraordinariamente, e acrescenta que o Senhor Deus não decepcionou seu bravo povo alemão. No entanto, na minha opinião, este Senhor Deus é um pouco duro de coração. Por causa do que fizemos nos últimos quatro anos, ele teria que nos acomodar mais do que apenas através do degelo. Por exemplo, se eu olhar para a situação de nossa evacuada, isso não tem nada a ver com uma coincidência divina". REFERÊNCIAS: Ralf Georg Reuth: Goebbels. p. 30 f., 33 e 40 f. Peter Longerich, Joseph Goebbels Uma Biografia, OBJETIVA, 2014, p. 48-49, 51-52, 57, 60, 317 e 590. Toby Thacker, Joseph Goebbels, Life and Death, Palgrave Macmillan. UK, 2016, p. 190-192.

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